Este gabarito foi elaborado por um grupo de professores do Estado de Minas Gerais.
OBSERVAÇÃO: as respostas estão realçadas com a cor amarela e a
justificativa encontra-se em vermelho.
1-
Analise a tabela sobre “Rendimento médio real habitualmente recebido no trabalho
principal segundo a cor ou raça e anos de estudo”
A QUESTÃO
SERÁ REAVALIADA
Analisando a tabela acima todas as alternativas estão corretas, exceto.
a)
Em todas
as cidades estudadas os pretos/pardos recebem
menores salários que os brancos.
Ao
analisarmos a tabela toda veremos que mesmo sendo Preto/pardo 1 a 3 anos em
Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo, eles receberam mais que os brancos de Recife e
Salvador.
b)
Belo
Horizonte é o local onde
os pretos/pardos com 11 anos ou mais de estudo recebem
os melhores salários.
c)
Em São Paulo
não há grandes variações salariais entre brancos e pretos/pardos com 11 anos ou mais
de estudos .
d)
Tanto
entre brancos quanto
entre pretos/pardos o fato de terem estudado por mais tempo lhe permitem receber maiores
salários.
e)
Nas cidades
Nordestinas pretos e pardos com
menos de 1 ano de estudo recebem
os mais baixos salários
entre todos os estados analisados.
A alternativa errada se encontra na alternativa E, visto que, ao
analisar as colunas da tabela, observamos que a coluna que apresenta valores
diferentes dos que estão escritos na alternativa, ou seja, a tabel
a que apresenta salários mais baixos são as que constam as cidades
nordestinas de Recife e Salvador.
2)
Ainda analisando a tabela da questão 1, podemos afirmar:
a)
Que há um grande
reflexo da desigualdade de gênero no que diz respeito à questão salarial
b)
Que
há um grande reflexo da desigualdade racial
no que diz respeito à questão salarial
Nesta questão, ao analisarmos pela
tabela, sabemos que a mesma fala a respeito de RENDIMENTO. Assim, podemos
eliminar as respostas A, D e E visto que ambas estão relacionadas a gênero nos
restando apenas as opções B e C. A resposta B está correta, pois nos mostra
claramente que existe uma desigualdade na questão salarial.
c)
Que não há um grande reflexo
da desigualdade racial
no que diz respeito à questão salarial
d)
Que não há um grande reflexo
da desigualdade de gênero no que diz respeito a questão.
e)
Que o mercado é um grande promotor tanto da igualdade de
gênero quanto da igualdade racial.
3)
Observe a tabela.
Segundo a tabela
qual alternativa pode ser considerada correta:
a ) A maior taxa
de ocupação está entre as pessoas que completaram o ensino médio.
b)
A menor jornada de trabalho é cumprida pelas pessoas que
cursaram até o ensino fundamental.
c)
Quem
recebe os maiores
salários são as pessoas que estudaram até a pós-graduação.
Esta alternativa está CORRETA,
porque na última linha da tabela podemos constatar que quem recebe os maiores
salários são as pessoas que tem ATÉ a pós-graduação.
d)
Que as mulheres
são discriminadas no mercado de trabalho.
e)
Todas as alternativas estão corretas.
Agora é hora de testar seus conhecimentos,
lembre-se que as pesquisas e consultas são permitidas e bem-vindas para que
você realize com sucesso as atividades.
1) O materialismo histórico dialético é o método de análise
da sociedade criado por Karl Marx, um dos clássicos da Sociologia. A respeito
desse método, é possível afirmar que :
a)
o materialismo explica que as condições
materiais de existência não são fatores determinantes para o modo de ser e pensar
de cada um.
b)
a sociedade e a política surgem da ação da natureza e não da
ação concreta dos seres humanos no tempo.
c)
o materialismo explica
que são as relações sociais
de produção que determinam o modo de ser
e pensar de cada indivíduo. É um modo histórico, já que a sociedade e a política
surgem da ação concreta dos seres humanos
no tempo.
Para Marx, o ser humano é formado a partir das relações sociais, por
isso, sua concepção é materialista. Marx dizia que a maneira como o indivíduo
se comporta, age e sente está diretamente ligada à forma como se dão as
relações sociais. Sendo que essas relações sociais são determinadas pela forma
do modo de produção da vida material, isto é, pela maneira como os seres
humanos trabalham e produzem os meios necessários para a sustentação. Marx deu
o caráter material (os homens se organizam na sociedade para a produção e a
reprodução da vida) e o caráter histórico (como eles vêm se organizando através
de sua história).
Desta maneira ele concluiu que o materialismo histórico é uma teoria
que o lado material/econômico é que move o mundo e, é por meio da história da
evolução dos meios de produção, que se constrói a história do mundo.
d)
a História é um processo contínuo e linear, logo a realidade
é estática e o movimento da história possui uma base material e econômica, mas não obedece
a um movimento dialético.
e)
a base material ou econômica constitui a “superestrutura” da
sociedade, que exerce influência direta na “infraestrutura” da sociedade, ou seja, nas instituições jurídicas, políticas e
ideológicas.
2 . (ENEM 2001) “... Um operário
desenrola o arame,
o outro o endireita, um terceiro corta,
um quarto o afia nas pontas para a colocação da cabeça do alfinete; para fazer a cabeça do alfinete
requerem-se 3 ou 4 operações diferentes; ...” (SMITH, Adam. A Riqueza das
Nações. Investigação sobre a sua Natureza
e suas Causas.
Vol. I. São Paulo: Nova
Cultural, 1985).
A respeito do texto e do quadrinho são
feitas as seguintes afirmações:
I.
Ambos retratam a intensa divisão
do trabalho, à qual são
submetidos os operários.
II.
O texto refere-se à produção informatizada e o quadrinho, à produção artesanal.
III.
Ambos contêm a ideia de que o produto da atividade industrial
não depende do conhecimento de todo
o processo por
parte do operário.
Dentre
essas afirmações, apenas :
a)
I
está correta. b) II está correta. c) III está correta. d) I e II estão
corretas. e) I e III estão
corretas.
Estão corretas as alternativas I e III, pois o quadrinho e a frase Adam
Smith retratam a separação e divisão dos serviços prestados pelos
trabalhadores, de acordo com o modelo capitalista, o que justifica o enunciado
I. Quanto ao apresentado no enunciado III, a
noção do produto completo não precisa ser comum a todos os funcionários
da linha de produção, uma vez que cada qual deve fazer a sua respectiva parcela
no todo, validando o que foi apresentado na afirmação III.
3)
A concepção de Ideologia em Karl Marx
contempla as dimensões expressas nas alternativas a seguir, À EXCEÇÃO
DE UMA. Assinale-a.
a)
Representa as ideias de uma classe
dominante.
b)
Está subordinada às condições materiais de existência.
c)
É concebida como
uma falsa consciência da realidade.
d)
Pertence ao campo da superestrutura.
e) Desenvolve-se de forma
independente das relações sociais.
Marx
demonstra que as relações de produção são relações estabelecidas entre os proprietários dos
meios de produção (os capitalistas) e os proprietários da força de trabalho (os
trabalhadores), e desenvolve-se de forma DEPENDENTE nas relações socais.
A superestrutura (politica, religião, ideologia,
instituições, justiça e comportamentos) tem como objetivo assegurar as relações
econômicas que compõem a base da sociedade, ou seja, a infraestrutura (relações
de produção e capital). Desse modo, ela tende a reforçar os interesses em
conjunto da classe social dominante. E isso acontece através das
regulamentações determinadas pela superestrutura política e ideológica.
A ideologia, como falso saber sobre a realidade, é em si um
momento dessa realidade, e não pode ser dissipada simplesmente por uma qualquer
tentativa de opor ideias a ideias, mas por uma refutação prática, capaz de
modificar a estrutura ilusória em que se encontra mergulhada a sociedade.
Portanto
a IDEOLOGIA é um processo imposto pela classe dominante (burguesa) para
solidificar e manter a alienação das demais classes — sobretudo, o
proletariado. A ideologia É fator decisivo na luta pela hegemonia, seja para a
manutenção da dominação burguesa ou para a transformação da organização social,
por meio de um sistema cultural e político que permita a consolidação da
justiça social e da distribuição equitativa dos bens socialmente produzidos
4)
Sobre a Mais-Valia, conceito de Karl Marx,
o que é correto afirmar?
a)
Karl Marx não
tematizou a mais-valia e, sim, afirmou
que ela era
própria do período
medieval, quando as pessoas
viviam nos feudos
medievais.
b)
A mais-valia é o lucro que o burguês tem no final do mês, diferença entre receitas e despesas
adquirida a partir da exploração do proletariado.
c)
A mais-valia depende da capacidade administrativa de um
proletário, que administra as rendas obtidas.
d)
Karl Marx nunca falou em mais-valia e, sim, os marxistas que, equivocadamente, atribuem
a Marx o termo.
e)
É a diferença entre o valor da força de trabalho
e o valor do produto
do trabalho, sem a qual não
existiria o capitalismo.
Mais-valia é o termo usado para
designar a disparidade entre o salário pago e o valor do trabalho produzido, obtida pelo
alargamento da jornada de trabalho ou pela intensificação do uso da força de
trabalho. Desse modo, o salário pago representa um pequeno percentual obtido
pelo alargamento da jornada de trabalho ou pela intensificação do uso da força
de trabalho, resultado final do trabalho, mercadoria ou produto. Então a disparidade
configura concretamente a chamada mais-valia, dando origem a uma lucratividade
maior para o capitalista.
Do ponto de vista de Marx, o modelo
de trabalho assalariado é injusto e promove uma exploração, pois, segundo ele,
na prática, quem realiza todo o trabalho são os proletários, quem produziu a
riqueza foram os trabalhadores, mas eles nunca ficam com todo o lucro. Dentre a
quantia de riqueza que uma empresa lucra, o burguês sempre tira uma quota de
dinheiro para si. Esse valor a mais que o burguês toma do lucro é chamado por
Marx de mais-valia, ou seja, a mais -valia é a diferença do valor final da mercadoria produzida a soma do valor do
meio de produção, ou seja há uma
disparidade entre o salário pago e o valor do trabalho, assim tendo lucro para o capitalismo.
5. (Unioeste 2016) “I. Burgueses e proletários. A história de todas as
sociedades até hoje existente é a história das lutas de classes. Homem livre e
escravo, patrício e plebeu, senhor feudal e servo, mestre de corporação e companheiro, em resumo, opressores e oprimidos, em constante oposição, têm vivido numa
guerra ininterrupta, ora franca, ora disfarçada; uma guerra que terminou sempre
ou por uma transformação revolucionária da sociedade inteira,
ou pela destruição das classes em conflito” (MARX,
Karl. ENGELS, Friedrich. Manifesto Comunista.
São Paulo: Boitempo, 2010, p. 40).
Assinale a alternativa CORRETA:
para Karl Marx (1818-1883) como se originam as classes sociais?
a)
As classes sociais
se originam da divisão entre
governantes e governados.
b)
As classes sociais
se originam da divisão entre
os sexos.
c)
As classes sociais
se originam da divisão entre
as gerações.
d)
As classes
sociais se originam da divisão do trabalho.
As classes sociais, para Marx,
surgem a partir da divisão social do trabalho, por meio do modo de produção
capitalista, ou seja, entre os detentores de bens e capital e os trabalhadores
que fornecem sua força de trabalho. Dessa forma, a luta de classes dentro de
uma sociedade capitalista, é determinada por dois grupos: dominantes
(burguesia) e os dominados (proletariado), onde o segundo, a classe operária ou
trabalhadora, vende sua força de trabalho.
e)
As classes sociais
se originam da divisão das raças.
1)
(PITÁGORAS) Comumente, associamos a política apenas
àquilo que se dá nos altos escalões do Estado. Todavia, política é
uma coisa, Estado é outra. O Estado é uma instituição cujo funcionamento
podemos observar com clareza, conhecemos seus oficiais e podemos identificar seus
limites geográficos. Com
a política, as coisas são
diferentes. Para o cientista
político mineiro Fabio
Wanderley Reis, ela consiste na administração dos problemas da vida em conjunto. Isto é, sempre
que estamos com mais pessoas
e algum problema de convivência surge, precisamos de alguma
forma resolver os impasses e questões. Praticamos, assim, a política em seu melhor
sentido.
Assumindo essa concepção de
política, podemos afirmar que todas as alternativas abaixo caracterizam
situações onde surgem problemas políticos, EXCETO:
a)
Toda a família se reuniu à mesa para discutir o orçamento da
casa, pois algumas dívidas surgiram.
b)
Ela ficou muito zangada quando viu a jovem furando fila. Logo
chamou-lhe a atenção: “Ei, existe uma regra
que se aplica
a todos: é preciso respeitar a fila.”
c)
Aquele senhor precisou
correr para não ser atropelado, pois um motoqueiro tinha ignorado a faixa de pedestres.
d)
O parlamentar discursou durante duas horas na tentativa de convencer
seus adversários a darem seu apoio
ao projeto.
e) Ele passou horas
tentando consertar seu
computador, sem obter
sucesso.
A ação política são ações conjuntas
em prol a uma sociedade, município , estado ou até mesmo cidade. A ação
humana ocorre quando o homem age pensando em si próprio, já ação
política ocorre quando os políticos agem de forma a
pensar no bem social.
Já o conserto de computador
é uma atividade que pode ser exercida por técnicos, tecnólogos e até
bacharéis em tecnologia da informação que possuem os conhecimentos certos para
compreender o funcionamento desses dispositivos e identificar com facilidade o
problema que impede o usuário de usá-los com eficácia. Por esta diferenciação é
que a alternativa E não caracteriza uma situação política, porque envolve
somente a pessoa e o objeto, no caso, o computador. para que se caracterizem
situações políticas, é necessário envolver ações em conjunto em uma sociedade.
2)
(Enem 2013) Nasce
daqui uma questão:
se vale mais ser amado que temido
ou temido que amado. Responde-se que ambas as
coisas seriam de desejar; mas porque é difícil juntá-las, é muito mais seguro
ser temido que amado, quando haja de faltar uma das duas. Porque dos homens se pode dizer,
duma maneira geral,
que são ingratos, volúveis, simuladores, covardes e ávidos de lucro, e enquanto lhes fazes bem são inteiramente
teus, oferecem-te o sangue, os bens, a vida e os filhos, quando,
como acima disse, o perigo está longe;
mas quando ele chega,
revoltam-se.MAQUIAVEL, N. O príncipe. Rio de Janeiro:
Bertrand, 1991.
A partir da análise histórica do comportamento humano
em suas relações sociais e políticas, Maquiavel define
o homem como
um ser:
a)
munido de virtude, com disposição nata
a praticar o bem a si e aos outros.
b)
possuidor de fortuna, valendo-se de riquezas para
alcançar êxito na política.
c) guiado por interesses, de modo que suas ações
são imprevisíveis e inconstantes.
O escritor florentino Nicolau
Maquiavel teve uma importância inovadora como fundador da política moderna ao
separar ética de política. Maquiavel apresenta o homem como sendo guiado por
interesses. O governante deve ser, inclusive, temido ou amado, sendo preferível
que seja temido, de acordo com os interesses que ele possui. Acreditava que a
natureza humana é essencialmente má e os indivíduos deveriam conseguir ganhos a
partir do menor esforço. Como cita no texto, os homens “duma maneira geral, são
ingratos, volúveis, simuladores, covardes e ávidos de lucro,”, portanto, sempre
guiados por interesses.
d)
naturalmente racional, vivendo
em um estado pré-social e portando seus direitos naturais.e) sociável por natureza, mantendo relações pacíficas com seus pares.
3)
(Enem
2012) Não ignoro
a opinião antiga
e muito difundida de que o que acontece
no mundo é decidido por Deus e pelo acaso.
Essa opinião é muito aceita
em nossos dias,
devido às grandes transformações ocorridas, e que ocorrem
diariamente, as quais
escapam à conjectura humana. Não obstante, para
não ignorar inteiramente o nosso livre-arbítrio, creio que se pode aceitar que a sorte decida
metade dos nossos
atos, mas [o livre-arbítrio] nos permite o controle sobre a
outra metade. MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Brasília: EdUnB, 1979
(adaptado).Em O Príncipe, Maquiavel refletiu sobre o exercício do poder em seu tempo.
No trecho citado, o autor demonstra o vínculo entre o seu
pensamento político e o humanismo renascentista ao
a)
valorizar a interferência divina nos acontecimentos definidores do seu tempo
b)
rejeitar a intervenção do acaso nos
processos políticos.
c) afirmar a confiança na razão autônoma
como fundamento da ação humana.
Maquiavel é considerado o fundador
da Filosofia Política Moderna por promover a separação, no que se refere à ação
do governante, da esfera política e das esferas ética e religiosa. Assim,
entendemos que o pensador florentino não admitia a interferência da Igreja e da
tradição moral nos atos políticos, afirmando a confiança na razão autônoma como
fundamento da ação humana. O texto de Maquiavel se relaciona ao pensamento
político renascentista ao ressaltar o domínio do livre-arbítrio sobre a sorte.
Dessa maneira, Maquiavel apresenta o princípio básico defendido pelos
renascentistas que era a utilização da razão como principal instrumento para
compreender o universo e a natureza.
d)
romper com a tradição que valorizava o passado como
fonte de aprendizagem.
e)
redefinir a ação política com base na unidade entre
fé e razão.
4)
(Uema 2015) Para Thomas Hobbes, os seres humanos são livres
em seu estado natural, competindo e lutando entre si, por terem relativamente a
mesma força. Nesse estado, o conflito se perpetua
através de gerações,
criando um ambiente
de tensão e medo permanente. Para esse filósofo, a criação
de uma sociedade submetida à Lei, na qual os seres humanos vivam em paz e
deixem de guerrear entre si, pressupõe que todos renunciem à sua liberdade
original. Nessa sociedade, a liberdade individual é delegada a um só dos homens que detém o
poder inquestionável, o soberano.
Fonte: MALMESBURY, Thomas Hobbes de. Leviatã ou matéria,
forma e poder de um estado eclesiástico e civil. Trad. João Paulo Monteiro;
Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Editora NOVA Cultural, 1997.
A teoria política de Thomas
Hobbes teve papel fundamental na construção dos sistemas políticos
contemporâneos que consolidou a (o)
a)
Monarquia Paritária.
b)
Despotismo Soberano.
c)
Monarquia Republicana.
d) Monarquia Absolutista.
Hobbes defendia um poder absoluto
central que domina o poder político religioso e, ao mesmo tempo, defende a paz
e a ordem. Para Hobbes, a sociedade política é uma criação humana para resolver
o problema da guerra de todos contra todos que prevalece no estado de natureza.
A única forma de acabar com esse conflito generalizado são todos os homens
concordando em transferir seus direitos, através de um contrato social, para
uma única pessoa ou grupo que tenha poderes absolutos. Esse será o governo,
responsável por garantir a paz na sociedade. Hobbes foi um defensor da
monarquia de seu tempo, que vinha sofrendo com os ataques dos parlamentaristas
defensores da limitação do poder do rei. Porém, ao contrário de outros
pensadores que defendiam a monarquia absolutista, Hobbes não apela a um suposto
direito divino dos reis de governarem. Ao contrário, baseia sua defesa no fato
alegado de que a única forma de garantir uma paz duradoura é através de um
governo com poderes absolutos.
e)
Despotismo Esclarecido.
5)
(Ufu 2013) Porque
as leis de natureza (como
a justiça, a equidade, a modéstia, a piedade, ou, em resumo, fazer aos outros o que
queremos que nos façam) por si mesmas, na ausência do temor de algum poder capaz
de levá-las a ser respeitadas, são contrárias a nossas paixões naturais, as
quais nos fazem tender para a parcialidade, o orgulho, a vingança e coisas
semelhantes.
HOBBES, Thomas. Leviatã. Cap. XVII. Tradução
de João Paulo
Monteiro e Maria
Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Nova
Cultural, 1988, p. 103.
Em relação ao
papel do Estado, Hobbes considera que:
a)
O seu poder
deve ser parcial.
O soberano que nasce com o advento
do contrato social
deve assiná-lo, para submeter-se aos compromissos ali firmados.
b)
A condição
natural do homem
é de guerra de todos
contra todos. Resolver
tal condição é possível apenas com um poder estatal
pleno.
O Estado surge como necessidade de construção da paz. Abrimos mão de
nossas capacidades de autoconservação, de autodefesa e as delegamos ao Estado,
constituído através de um contrato, para que cuide de nossa segurança, para que
possamos viver civilizadamente, para que não vivamos em eterna guerra de todos
contra todos. O Estado hobbesiano é soberano. Depois de constituído, de
formalizado, tem poderes ilimitados de organizar a sociedade como melhor lhe
aprouver. Sem Estado não há civilização, não há cidadania, não há paz. Esta
questão traz a noção de estado de natureza em Hobbes, cuja natureza humana é
maldosa e condiciona a vida humana à guerra de todos contra todos.
Assim, na visão de Thomas Hobbes defendia a ideia na qual o homem de
forma geral só podem viver em paz
submetendo a viver em um poder absoluto e centralizado.
c)
Os homens são, por natureza, desiguais. Por isso, a criação
do Estado deve servir como instrumento de realização da isonomia entre
tais homens.
d)
A guerra de todos contra todos surge com o Estado repressor.
O homem não deve se submeter de bom grado à violência estatal.
6)
(Unicentro)“A ação social (incluindo tolerância ou omissão)
orienta-se pela ação de outros, que podem ser passadas, presentes ou esperadas
como futuras (vingança por ataques anteriores,
réplica a ataques
presentes, medidas de defesa diante
de ataques futuros). Os
´outros` podem ser individualizados e conhecidos ou uma pluralidade de indivíduos indeterminados e completamente
desconhecidos”(Max Weber. Ação social e relação social. In
M.M. Foracchi e J.S Martins. Sociologia e Sociedade. Rio
de Janeiro, LTC, 1977, p.139).
Max Weber, um dos clássicos da sociologia, autor
dessa definição de ação social,
que para ele constitui o objeto de estudo da sociologia, apontou
a existência de quatro tipos
de ação social. Quais são elas?
a)
Ação tradicional, ação afetiva, ação
política com relação a valores e ação racional com relação a fins.
b)
Ação tradicional, ação
afetiva, ação racional
e ação carismática.
c)
Ação tradicional, ação
afetiva, ação política
com relação a valores, ação
política com relação a fins.
d)
Ação tradicional, ação afetiva, ação racional com relação a fins, ação
racional com relação
a valores.
Max Weber acreditava que as motivações das ações
dos indivíduos praticavam em seu convívio diário eram os principais fatores que
determinariam os rumos dos processos de mudança social. Partindo desse
princípio, Weber elaborou o conceito de “ação social” que nortearia os seus
trabalhos. Weber ainda faz referência a um fenômeno de grande importância do
mundo moderno e que está relacionado com as mudanças estruturais, culturais e
sociais que as sociedades modernas passaram no decorrer do tempo: “a
racionalização do mundo social”, isto é, mudanças profundas como a gradual
construção do capitalismo e a monstruosa explosão do crescimento dos meios
urbanos.
1. Ação social racional com relação a fins, na
qual a ação é estritamente racional. Toma-se um fim e este é, então,
racionalmente buscado. Há a escolha dos melhores meios para se realizar um fim;
2. Ação social racional com relação a valores,
na qual não é o fim que orienta a ação, mas o valor seja este ético, religioso,
político ou estético;
3. Ação social afetiva, em que a conduta é
movida por sentimentos, tais como orgulho, vingança, loucura, paixão, inveja,
medo, etc., e
4. Ação social tradicional, que tem como fonte
motivadora os costumes ou hábitos arraigados.Ação tradicional, ação emotiva,
ação racional com relação a fins e ação política não esperada.
e) Ação tradicional, ação emotiva, ação racional com
relação a fins e ação política não esperada.
11)
A relação entre representante e representado é uma das mais
complexas da democracia contemporânea. Ainda assim, existem poucos estudos no
Brasil que procuram explicar como se dá a referida relação e o que leva o
eleitor a votar em um determinado candidato. Jairo Nicolau, em seu trabalho
'Como Controlar o Representante? Considerações sobre as Eleições para a Câmara dos Deputados no Brasil (2002)',
discute o tema. Suas principais conclusões são todas as abaixo, exceto:
a)
no Brasil, o sucesso de um candidato às eleições para a
Câmara dos Deputados depende, entre outros fatores, da atuação do seu partido
(que necessita ultrapassar o quociente eleitoral), do desempenho de outros
partidos (caso haja coligação) e do número de votos que ele recebeu.
b)
os eleitores
acompanham o trabalho do deputado no qual votaram e, na eleição seguinte, usam
o voto para recompensá-lo ou puni-lo. Os eleitores dispõem, portanto, de
memória em quem votaram e punem com regularidade os deputados que não atuaram à
altura de seu mandato, impedindo, na maior parte dos casos,
que eles voltem
para a Câmara dos Deputados para cumprir um novo mandato parlamentar.
O eleitor brasileiro não acompanha o seu candidato ao longo do
mandato – e esquece seu nome rapidamente. É a chamada amnésia pós-pleito. É
crescente o número de brasileiros que não se sentem representados por nenhum
dos candidatos e que não conseguem identificar ações concretas dos representantes
eleitos que influenciam efetivamente seu cotidiano. Longe de serem meramente
figuras representativas, os políticos que a maioria dos cidadãos elege, possuem
papel de grande relevância na proporção de suas funções, e influenciam de
maneira direta em muitas coisas que ocorrem em nossos bairros, nossas cidades e
no país. É importante que o eleitor tenha em mente que a pessoa que está
recebendo o seu voto na urna o representa em vários aspectos – política, social
e moralmente. Votar é um ato de cidadania e de engajamento coletivo, além de
ser uma ferramenta de transformação social.
c)
a combinação de lista aberta com a
possibilidade de os partidos coligarem-se reduz a previsibilidade dos resultados eleitorais: partidos coligados podem
eleger candidatos mesmo sem atingir o quociente eleitoral, candidatos podem
aumentar sua votação
e não se reeleger,
enquanto outros podem obter um número de votos menor e mesmo assim garantir sua
reeleição.
d)
a eleição para deputado federal seria, sobretudo, na visão de
Nicolau (2002), uma disputa entre parlamentares que se destacaram no mandato
(voto retrospectivo) e lideranças que ocupam outros postos políticos ou não e
querem entrar para a Câmara dos Deputados (voto prospectivo).
e)
em razão do singular sistema
eleitoral utilizado nas
eleições para a Câmara dos
Deputados no Brasil (lista
proporcional aberta), a imprevisibilidade dos resultados é muito acentuada.
2)
(PITÁGORAS) As eleições
no Brasil são noticiadas, por vezes, como a "festa da democracia".
Essa expressão faz mesmo muito sentido. Devemos sempre nos lembrar que o voto
direto é uma conquista muito recente. Até poucos anos atrás, por exemplo, os
governadores dos estados eram indicados pelo presidente da República, não eram
escolhidos pelos cidadãos. A consulta popular é a forma
pela qual a população escolhe
aqueles que vão compor os principais
cargos dos poderes Legislativo e Executivo. Assinale a afirmativa que INDICA o
nome dessa forma de organização do Estado.
a)
Democracia direta.
b)
b) Democracia
representativa.
Em uma democracia representativa ou indireta, os cidadãos
elegem representantes através do voto, que deverão compor um conjunto de
instituições políticas (Poder Executivo e Poder Legislativo) encarregadas de
gerir a coisa pública, estabelecer leis e/ou executá-las, representantes que
devem visar os interesses daqueles que os elegem: a população. A sociedade
delega a um representante o direito de representá-lo, e de tomar as decisões que
melhor favoreça os interesses de toda a população.
c)
c) Democracia participativa.
d)
d) Democracia deliberativa.
e)
e) Ditadura popular.
3)
Justifique por que analistas classificam a mídia (rádio, televisão
e revistas) como quarto
poder e relate quais são as consequência da influência dessa “instância de
poder” na democracia Brasileira :
Pessoal – Os analistas classificam a mídia
como quarto poder por ser orientado por um feixe de grupos econômicos e
financeiros de empresas globais. A revolução midiática agrupa uma imprensa
centralizadora e por vezes totalitária, imprensa que já possui autonomia e
autoridade e controla o fazer jornalístico, cinematográfico, editorial. O
quarto poder instala entre a informação livre e o espectador, obstáculos
comunicacionais compostos por circulação de mais e mais informação, o chamado
“bombardeio informativo”, recheado de novas roupagens que desviam a atenção
e/ou superficializam o conteúdo, em uma espécie de “manobra” para que o
receptor não perceba quais outras informações lhe são ocultadas e dissolvidas
pela “censura”. Esse mecanismo atrofia inclusive o desenvolvimento intelectual
da “massa”, bloqueando o caminho e a construção de uma opinião pública formada
e consistente. O quarto poder não representa mais – não em sua totalidade – o
conceito de fiscalizar os poderes e nortear os cidadãos. Por ele agora passam
filtros que são geridos por interesses particulares, amputando informações,
direcionando olhares, minando o funcionamento intelectual, em uma verdadeira
democracia de faz de conta. A necessidade de regulamentação dos meios de
comunicação é não só urgente como de extrema importância para manutenção de uma
democracia plena.
4)
Tendo em vista a necessidade de
realização de uma reforma política no Brasil, em sua opinião, quais seriam os
principais pontos a serem modificados para que pessoas que realmente resente
o povo chegue
de fato ao poder.
Resposta Pessoal
Maquiavel não “foge” da tradição
clássica de caracterizar a condição humana como uma luta entre a vontade do homem
(virtù) e os caprichos da sorte, do destino (fortuna). De um lado, o que
depende do sujeito, do homem, dos méritos pessoais, e de outro, o que não
depende do sujeito, do homem, e sim da influência das circunstâncias. Pode
haver oposição entre “virtù” e as virtudes. Um homem virtuoso e um homem de
“virtù” nem sempre agirão da mesma forma. Nem sempre a caridade, a bondade, a
sinceridade conduzem ao bem comum. Para Maquiavel, o príncipe é uma figura
política - capaz de articular com sabedoria, competência, liderança -“virtù”- e
condições sociopolíticas -fortuna- nas quais deve atuar. A “virtù” é essencial,
mas defronta-se com a fortuna, que pode ser ou não favorável, podendo ser tão
adversa que a “virtù” não encontra possibilidades de realizar-se.
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