sábado, 27 de abril de 2013

Comentário ao texto: Transposição Didática, de Guiomar Namo de Mello.


Transposição didática: não conhecia esta expressão. E também não sabia que ela formava um tripé com a contextualização e interdisciplinaridade. E vendo por um lado diferente: se o tripé não estiver junto, a qualidade do ensino ensinado pode cair e pode levar ao baixo aprendizado e rendimentos dos alunos.

O ensino não pode ser “enraizado” e nem “engessado”, porque o mundo muda em uma velocidade muito grande. E o conhecimento está disponível para quem quiser acessá-lo a qualquer hora pela internet, pelos meios de comunicação e pelas próprias pessoas. O que faz a diferença é a forma de transmissão deste conhecimento. Mudar a forma e a maneira como este conteúdo é ensinado aos alunos é uma forma de transposição didática. O que cada educador tem que buscar é o novo ensinar: de que maneira pode abordar aquele conteúdo? Qual a maior dificuldade desta turma e daquele determinado aluno? O que posso trazer de inovação para as minhas aulas? Como aquele conteúdo pode ser aplicado e qual a maneira de aplicá-lo na vida do aluno? O que ensino a ele o ajuda em sua vida? Ao elaborar uma proposta pedagógica e um plano de aula o educador deve levar em consideração todos estes aspectos, pois isto ajuda na mudança e na inovação do conteúdo a ser explicado.
Trabalhar com interdisciplinaridade não é só um dom, mas uma forma de ser solidário com os alunos. Ter dificuldade em determinadas disciplinas e não gostar das mesmas é comum com vários alunos. Quando trabalho de modo interdisciplinar ampliamos o foco e o campo de visão dos alunos. Eles são capazes de enxergar nos detalhes e o porquê que a disciplina é determinante para o processo de formação dele. Didaticamente os conteúdos são separados para facilitar aprendizado. Como exemplo desta situação tem a filosofia que é a base de várias matérias: algumas se ramificaram; outras continuaram dentro da filosofia; e outras seguiram o seu caminho separado da filosofia. No entanto, todas elas ainda continuam dependentes da filosofia e, hora ou outra, é necessário que se interdisciplinem como forma de complementação de estudo, curiosidade ou somente como enriquecimento, seja ele cultural ou social.
Contextualizar é um ato mais simples e ao mesmo tempo é complexo: juntar o conteúdo aprendido, aprendê-lo e aplicá-lo. Eis a questão.
Em um mundo onde a individualidade e divisão das coisas é que estão em evidencia, reinventar o ensino segue como proposta ao educador que deve manter viva em si e nos alunos a vontade de buscar conhecimento, trazê-lo para sua realidade e vivenciá-lo em sua vida.

Referências:

Disponível em: www.namodemello.com.br/pdf/escritos/outros/contextinterdisc.pdf. Acesso em 31 de março de 2013.

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