sábado, 27 de abril de 2013

A Diversidade e a Educação.


CAPITULO 10 - A diversidade e a Educação

“Uma escola que não respeita a diversidade de seus funcionários,
Jamais respeitará a diferença de suas crianças.”


Iniciando a leitura da unidade 10 percebi como me identificava com o tema, porque esta é a minha maior dificuldade em sala de aula: como trabalhar com alunos tão diferentes.
Quando li a frase de Rafael de Oliveira questionei-me: como nós, enquanto educadores poderemos mudar a realidade do preconceito nos outros se nós o tivermos? Antes de trabalhar esta questão com os alunos temos que trabalhar conosco. Mudar a forma que os profissionais da educação tratam-se, a começar dos professores com os funcionários. O respeito tem que ser transmitido a todas as pessoas de forma igualitária, pois assim os alunos seguiriam o exemplo dos educadores. É por meio de palavras gentis e educadas que mudaremos a visão dos funcionários e dos alunos sobre eles mesmos e sobre todos.
Nenhuma pessoa nasce preconceituosa: ela é influenciada pelo meio em que convive. Quando ela passa a freqüentar o ambiente escolar também modifica alguns valores e constroem outros a partir da interatividade social. Por isto os educadores têm que estar sempre atentos. Existem crianças e adolescentes que tem problemas de aceitação si próprios; outros de sua condição social; outros quanto a sua raça; também coloco os alunos que tem problemas com déficit de aprendizagem; poderiam ser outras questões, mas o que mais tenho desafios é com estas questões.
Alguns alunos têm preconceito com alunos de um determinado bairro da cidade. Já foi mais freqüente, mas entre eles (os alunos) havia o costume de fazerem piadas com as pessoas daquela determinada localidade. O local é de baixa renda, existe um grande consumo e venda de drogas e, também, há alto índice de criminalidade. Resultado: os alunos faziam piadas uns com os outros. Hoje eles já não o fazem mais (pelo menos em minhas aulas) depois de muitas conversas. Existem também os alunos da zona rural. Os “da cidade”, como se intitulavam, faziam piadas e rotulavam muitos estes alunos (da zona rural). Hoje, também depois de um trabalho em conjunto, diminuiu-se muito os “comentários” maldosos.
Diante disto elaborei uma atividade onde trabalhei com os alunos algumas charges sobre o preconceito. Expliquei o preconceito racial, lingüístico, homofóbico, religioso e social. Os dividi em grupos de 5 alunos, pedi que lessem as charges, conversassem entre si e respondessem algumas questões. O resultado foi muito importante, pois consegui alcançar a finalidade desejada e eles, agora, policiam a si mesmo e sempre dizem: “olha o preconceito”, como forma de um “chamar a atenção” do outro. Segue o link do meu blog pessoal onde coloquei a atividade: http://blogdaelisangelazati.blogspot.com.br/2013/03/exercicios-e-atividades-com-charge.html, acesso em 1º de abril de 2013.
Outra grande dificuldade que tenho é com os alunos com déficit de aprendizagem. Nós educadores sempre percebemos se os alunos têm algum problema ou não aprendizagem. Alguns sabemos que não gostam da matéria, outros por não gostar do professor, outros por preguiça de estudar mesmo, porém alguns têm problemas de aprendizagem que vão além de um simples acompanhamento individual em sala de aula. Alguns alunos da escola já têm os laudos que diagnosticaram o “problema” que eles têm. Estes alunos não querem ser tratados diferentes dos outros, até porque eles têm medo da rejeição dos demais alunos, e também porque querem mostrar que são iguais aos outros. Porém nós temos os alunos que possuem um laudo médico que diagnostiquem o que eles realmente têm. Assim fica a questão: como trabalhar com estes alunos? A equipe pedagógica que trabalho e os demais professores sempre conversam sobre que devemos fazer como devemos fazer e como incentivar estes alunos a estudarem e a não serem preconceituosos com eles mesmos e também como não utilizarem palavras negativas com si mesmo. Exemplo é que alguns dizem assim: “O professora eu sou burro mesmo e vou repetir o ano não, se preocupa não!”.
Inclusão não significa só colocar o aluno dentro de algum lugar, mas fazê-lo sentir-se importante e que realmente ele é capaz e tem condições ser igual a todos os outros alunos, não porque ele adaptou-se a escola, mas porque a escola adaptou-se a ele.

Referencias:

Frases sobre diversidade. Disponível em: http://pensador.uol.com.br/frases_sobre_diversidade/. Acesso em 1 de abril de 2013.

EXERCICIOS E ATIVIDADES COM CHARGE SOBRE PRECONCEITO. Disponível em http://blogdaelisangelazati.blogspot.com.br/2013/03/exercicios-e-atividades-com-charge.html, acesso em 1 de abril de 2013

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