CAPITULO 10 - A diversidade e a Educação
“Uma escola
que não respeita a diversidade de seus funcionários,
Jamais
respeitará a diferença de suas crianças.”
Iniciando a leitura da unidade 10 percebi como me identificava com o
tema, porque esta é a minha maior dificuldade em sala de aula: como trabalhar
com alunos tão diferentes.
Quando li a frase de Rafael de Oliveira questionei-me: como nós, enquanto
educadores poderemos mudar a realidade do preconceito nos outros se nós o
tivermos? Antes de trabalhar esta questão com os alunos temos que trabalhar
conosco. Mudar a forma que os profissionais da educação tratam-se, a começar
dos professores com os funcionários. O respeito tem que ser transmitido a todas
as pessoas de forma igualitária, pois assim os alunos seguiriam o exemplo dos
educadores. É por meio de palavras gentis e educadas que mudaremos a visão dos
funcionários e dos alunos sobre eles mesmos e sobre todos.
Nenhuma pessoa nasce preconceituosa: ela é influenciada pelo meio em que
convive. Quando ela passa a freqüentar o ambiente escolar também modifica
alguns valores e constroem outros a partir da interatividade social. Por isto os
educadores têm que estar sempre atentos. Existem crianças e adolescentes que
tem problemas de aceitação si próprios; outros de sua condição social; outros
quanto a sua raça; também coloco os alunos que tem problemas com déficit de
aprendizagem; poderiam ser outras questões, mas o que mais tenho desafios é com
estas questões.
Alguns alunos têm preconceito com alunos de um determinado bairro da
cidade. Já foi mais freqüente, mas entre eles (os alunos) havia o costume de
fazerem piadas com as pessoas daquela determinada localidade. O local é de
baixa renda, existe um grande consumo e venda de drogas e, também, há alto
índice de criminalidade. Resultado: os alunos faziam piadas uns com os outros.
Hoje eles já não o fazem mais (pelo menos em minhas aulas) depois de muitas
conversas. Existem também os alunos da zona rural. Os “da cidade”, como se
intitulavam, faziam piadas e rotulavam muitos estes alunos (da zona rural).
Hoje, também depois de um trabalho em conjunto, diminuiu-se muito os
“comentários” maldosos.
Diante disto elaborei uma atividade onde trabalhei com os alunos algumas
charges sobre o preconceito. Expliquei o preconceito racial, lingüístico,
homofóbico, religioso e social. Os dividi em grupos de 5 alunos, pedi que
lessem as charges, conversassem entre si e respondessem algumas questões. O
resultado foi muito importante, pois consegui alcançar a finalidade desejada e
eles, agora, policiam a si mesmo e sempre dizem: “olha o preconceito”, como
forma de um “chamar a atenção” do outro. Segue o link do meu blog pessoal onde
coloquei a atividade: http://blogdaelisangelazati.blogspot.com.br/2013/03/exercicios-e-atividades-com-charge.html,
acesso em 1º de abril de 2013.
Outra grande dificuldade que tenho é com os alunos com déficit de
aprendizagem. Nós educadores sempre percebemos se os alunos têm algum problema ou
não aprendizagem. Alguns sabemos que não gostam da matéria, outros por não
gostar do professor, outros por preguiça de estudar mesmo, porém alguns têm
problemas de aprendizagem que vão além de um simples acompanhamento individual
em sala de aula. Alguns alunos da escola já têm os laudos que diagnosticaram o
“problema” que eles têm. Estes alunos não querem ser tratados diferentes dos
outros, até porque eles têm medo da rejeição dos demais alunos, e também porque
querem mostrar que são iguais aos outros. Porém nós temos os alunos que possuem
um laudo médico que diagnostiquem o que eles realmente têm. Assim fica a
questão: como trabalhar com estes alunos? A equipe pedagógica que trabalho e os
demais professores sempre conversam sobre que devemos fazer como devemos fazer
e como incentivar estes alunos a estudarem e a não serem preconceituosos com
eles mesmos e também como não utilizarem palavras negativas com si mesmo.
Exemplo é que alguns dizem assim: “O professora eu sou burro mesmo e vou
repetir o ano não, se preocupa não!”.
Inclusão não significa só colocar o aluno dentro de algum lugar, mas
fazê-lo sentir-se importante e que realmente ele é capaz e tem condições ser
igual a todos os outros alunos, não porque ele adaptou-se a escola, mas porque
a escola adaptou-se a ele.
Referencias:
Frases sobre
diversidade. Disponível em: http://pensador.uol.com.br/frases_sobre_diversidade/.
Acesso em 1 de abril de 2013.
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