Este blog foi criado para que eu possa postar todos os textos que eu escrevo e todas as atividades que faço nas várias universidades que já passei... bem-vindo ao meu mundo!
Esta proposta de atividade é para que você faça um vídeo onde deve apresentar um produto ou um serviço que você use. Esta atividade pode ser usado por alunos de curso de nível médio e superior em administração, logística, processos gerenciais e organizações de eventos. Espero ter ajudado.
·Fale da empresa/negócio. Descreva como ele é e
mostre a sua característica.
·Fale como você conheceu esta empresa/negócio
·No que esta empresa é diferente dos outros que
estão no mercado; fale da qualidade dos serviços e dos produtos oferecidos.
·O porquê você compra os produtos desta empresa. Com
que frequência usa?
·Os produtos oferecidos por esta empresa satisfazem
a sua necessidade?
·O preço dos produtos e das prestações de serviços
condizem com o seu valor?
·De uma maneira geral, você conhece consumidores
destes produtos e serviços?
·Conclua sua apresentação agradecendo a oportunidade
de realizar a atividade (professores gostam disto).
3.Patriotismo. Pode
relacionar com o Auguste Comte, lembrando que o lema da nossa Bandeira Nacional
vem do Positivismo. Assista ao vídeo motivador. Link abaixo. https://www.youtube.com/watch?v=usTjiYQeTZU&t=10s
Bom dia! Estas são apenas
algumas propostas que eu tirei de sites da internet. As fontes estão abaixo.
São 3 temas: Porte de Armas; Segurança Pública; Sistema Prisional.
Bom dia! Estas são apenas
algumas propostas que eu tirei de sites da internet. As fontes estão abaixo.
São 5 temas: Educação Ambiental; Agronegócio; Agricultura familiar; Sociedade
de consumo/Relações de Consumo (CAIU NO ENCEJA); A questão da alimentação
mundial e os insumos agrícolas.
Boa tarde! Estas são apenas
algumas propostas que eu tirei de sites da internet. As fontes estão abaixo.
São 5 temas: Evasão escolar; Violência em sala de aula (Lei de Propagação da
Paz no Ambiente Escolar); Educação como forma de combater preconceitos; Verbas
Públicas para as Instituições de Ensino Espero ter ajudado
A.ÁREA DA EDUCAÇÃO
1.Evasão
Escolar. Assista ao vídeo motivador. Link abaixo
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base
nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto
dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa
sobre o tema “Evasão escolar no Brasil", apresentando proposta
de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
Texto I
A porcentagem de jovens que concluem o Ensino Médio na idade certa
– até os 17 anos – aumentou em 10 anos, passando de 5%, em 2004, para 19%, em
2014. Os dados estão em um estudo do Instituto Unibanco, feito com base nos
últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Há, no
entanto, 1,3 milhão de jovens entre 15 e 17 anos que deixaram a escola sem
concluir os estudos, dos quais 52% não concluíram sequer o ensino fundamental.
O estudo"Aprendizagem
em Foco", divulgado nesta semana, mostra que, quanto maior a renda, mais
os estudantes avançam nos estudos. Entre aqueles que concluíram o Ensino Médio
na idade correta, a média de renda familiar por pessoa é R$ 885. Entre os que
não terminaram o Ensino Fundamental, a média cai para R$ 436. O ingresso no
mundo do trabalho e a gravidez na adolescência estão entre os fatores que
levam os jovens a deixar a escola. (Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2016-02/13-milhao-de-jovens-entre-15-e-17-anos-abandonam-escola-diz-estudo
- Acesso em: 1 set. 2017).
Texto II
O problema da evasão escolar preocupa a escola e seus
representantes, ao perceber alunos com pouca vontade de estudar, ou com
importantes atrasos na sua aprendizagem. Os esforços que a escola, na pessoa da
direção, equipe pedagógica e professores fazem para conseguir a frequência e
aprovação dos alunos não asseguram a permanência deles na escola. Pelo
contrário, muitos desistem.
Nesse sentido, é preciso considerar que a evasão escolar é uma situação
problemática, que se produz por uma série de determinantes.
Entender e interferir positivamente no processo da evasão escolar é um desafio
que exige uma postura de desconstrução das verdades construídas pelos leitores,
assumindo assim uma atitude reflexiva diante dos conhecimentos prévios acerca
da evasão escolar. (Disponível em:
http://www.educacao.go.gov.br/imprensa/documentos/Arquivos/15%20-%20Manual%20de%20Gest%C3%A3o%20Pedag%C3%B3gico%20e%20Administrativo/2.10%20Combate%20%C3%A0%20evas%C3%A3o/EVAS%C3%83O%20ESCOLAR%20-%20CAUSAS%20E%20CONSEQU%C3%8ANCIAS.pdf
- Acesso em: 1 set. 2017).
Texto III
Dentre os motivos alegados pelos pais ou responsáveis para a
evasão dos alunos, são mais frequentes nos anos iniciais do Ensino Fundamental
(1ª a 4ª séries/1º ao 9º ano) os seguintes: escola distante de casa, falta de
transporte escolar, não ter adulto que leve até a escola, falta de interesse e
ainda doenças/dificuldades dos alunos.
Ajudar os pais em casa ou no trabalho, necessidade de trabalhar, falta de
interesse e proibição dos pais de ir à escola são motivos mais frequentes
alegados pelos pais a partir dos anos finais do ensino fundamental (5ª a 8ª
séries) e pelos próprios alunos no Ensino Médio. Cabe lembrar que, segundo a
legislação brasileira, o Ensino Fundamental é obrigatório para as crianças e
adolescentes de 6 a 14 anos, sendo responsabilidade das famílias e do Estado
garantir a eles uma educação integral.
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB9394/96) e o Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA), um número elevado de faltas sem justificativa e
a evasão escolar ferem os direitos das crianças e dos adolescentes. Nesse
sentido, cabe a instituição escolar valer-se de todos os recursos dos quais
disponha para garantir a permanência dos alunos na escola. Prevê ainda a
legislação que esgotados os recursos da escola, a mesma deve informar o
Conselho Tutelar do Município sobre os casos de faltas excessivas não
justificadas e de evasão escolar, para que o Conselho tome as medidas cabíveis. (Disponível em http://www.infoescola.com/educacao/evasao-escolar/
- Acesso em: 1 set. 2017).
Abordar a questão da violência no ambiente
educacional não é fácil, pois são vários os fatores que o influenciam. Outro
fator de interferência é o comportamento/postura dos profissionais de educação
quando a violência se exterioriza dentro da escola.
Existem várias estratégias que podem ser
tomadas para reduzir ou até minimizar a questão da violência dentro do ambiente
escolar. Aqui no Estado de Minas Gerais, por exemplo, este assunto virou a Lei 23366, de 25/07/2019[1], acesso em 02 de outro de 2019.
Este projeto
aborda os principais tipos de violência e as propostas que deverão ser
abordadas a nível Estadual, vejamos o seu resumo:
O
projeto, que institui a política de promoção da paz escolar nos
estabelecimentos de ensino vinculados ao Sistema Estadual de Educação, lista os
tipos de violência na escola abrangidos pela norma, entre os quais intimidação
física ou moral e bullying.
Já
as diretrizes contemplam, entre outras, a valorização do protagonismo juvenil e
o compartilhamento de responsabilidades entre a área da educação e as polícias,
órgãos de defesa social e o Poder Judiciário.
Entre
os objetivos da proposta, figura o fortalecimento do papel social da escola na
promoção da paz, da cidadania, da solidariedade, da tolerância e do respeito ao
pluralismo e à diversidade étnica e cultural. Os instrumentos previstos
englobam pesquisas e atendimento psicológico.”[2]
Portanto, devemos criar um projeto que institua
a política da promoção da paz dentro da escola, trabalhar os vários tipos de
violência em oficinas, valorizar o protagonismo juvenil e fortalecer o papel da
escola como propagador da paz.
Quanto a questão do papel social do professor é
observada que o professor tem um papel ativo na no desenvolvimento de atitudes
e valores que ajudem diretamente na vida de cada aluno, pois é ele quem faz a
ponte entre o aluno e a escola o ajuda em seu desenvolvimento de aprendizagem.
Neste sentido, é um complexo analisar sua
postura diante desta sociedade, uma vez que o seu trabalha, na sociedade, é
pouco atraente e financeiramente desvalorizado.
Mesmo assim, o seu pape dentro da sociedade de
fundamental para a construção de uma sociedade mais justa, humana e solidária.
Mas para que o profissional de educação seja valorizado e tenha o seu papel
social seja respeitado é necessário que sua remuneração seja apropriada, que o
governo incentive mais cursos de capacitação voltados para a formação de
professores e mais acesso as tecnologias que possam melhorar e relacionarem-se
com a prática de atividades lúdicas.
A onda de comentários ofensivos contra os
nordestinos que se alastrou nas redes sociais logo após o resultado das
eleições revela que o país não está dividido somente pela opção política, mas
também por um preconceito latente, pronto para explodir diante da primeira
oportunidade.
O que surpreende é que as redes sociais, embora sejam frequentadas por pessoas
de todas as idades, são o espaço privilegiado dos jovens. Como então sonhar com
mudanças, se uma parte importante da juventude, em vez de ousar e ir contra a
corrente, apresenta a mais conservadora e grosseira das atitudes?
De onde vem tal preconceito, a estas alturas? Os caminhos que explicam são muitos
e um deles passa pela educação recebida, tanto em casa como na escola.
Muitas vezes, até sem perceber, os pais podem ensinar atitudes preconceituosas
às crianças menores. Quando, por exemplo, se referem a alguém pejorativamente
como “aquele paraíba”, “o cabeça chata”, “o ceará”. Somados a outros adjetivos
e comparações que a família possa empregar no cotidiano (“todo baiano é
preguiçoso”, “o ebola só podia vir da África”, “só não gosto de argentinos”) e
pronto, está fértil o terreno para criar uma cabecinha preconceituosa e
xenófoba, presa aos estereótipos do século passado.
Mais tarde, na escola, o estudante pode acabar reforçando visões
discriminatórias, como por exemplo com as mensagens (mesmo implícitas) dos
livros didáticos. Neles, o Nordeste é quase sempre retratado como lugar pobre e
de privações, onde se sofre pela seca. Pouca diferença se faz entre um estado e
outro, como se o Nordeste fosse um amálgama sem identidades, definido só pelos
mapas. O nordestino é descrito, até nas ilustrações, como migrante e retirante.
Em muitos livros didáticos vi uma imagem similar: o personagem maltrapilho
desenhado sob um sol escaldante, a terra cheia de sulcos e aridez, ele com uma
trouxinha, acompanhado de uma mulher grávida com outra criança no colo, e uma
legenda explicando que “nordestinos partem em busca de melhor destino”.
Um certo livro escolar dá como título ao capítulo que fala do Nordeste “Penando
na terra”, com imagens de seca e sertão. Enquanto isso, ao apresentar o
Sudeste, o capítulo seguinte traz fotos de cenas urbanas, contextos industriais
e desenvolvimento.
Esse discurso reforça uma suposta condição de inferioridade daquele que nasce
numa “região-problema”, “afligida” por um fenômeno climático. Sugere
passividade das populações e vitimização irremediável.
Nas festas juninas, que são das poucas ocasiões em que a cultura nordestina é
trazida para o interior das escolas das demais regiões, as crianças são
fantasiadas de um modo que ridiculariza o homem do campo. O “caipira” é
caracterizado com a roupa remendada, sem combinar as cores, e lhe faltam
dentes, ou dança com as pernas tortas. É a cultura urbana debochando da cultura
rural.
Pouco se fala, no currículo escolar, da riqueza e da heterogeneidade da cultura
nordestina, com sua música, danças, culinária, arte, manifestações religiosas,
as belas festas populares, os grandes nomes da literatura, da política, da
dramaturgia, da indústria, da educação, e da tantas outras esferas.
Qual seria o motivo de tanta agressividade nos comentários registrados contra
os nordestinos? Talvez – é apenas uma hipótese – o fato de que nesta eleição,
os “pequenos” e condenados ao esquecimento hajam tido um papel protagonista, o
que colocou em xeque uma noção de hierarquia regional cristalizada por longas
gerações.
Cabe a nós, pais e educadores, criar oportunidades para educar numa lógica
diferente. Afastar os velhos paradigmas que rotulam regiões e seus habitantes.
Estimular um modelo mental que combine mais com o mundo de hoje, das redes e
interconexões, em que as pessoas precisam trabalhar em grupos
multidisciplinares, aprender com as diferenças e interagir o tempo todo com
empatia e respeito.
Bom dia, esta são apenas
algumas propostas que eu tirei de sites da internet. As fontes estão abaixo. São
4 temas: doação de órgãos; suicídio, Saúde Mental e excesso de trabalho e saúde
mental. Espero ter ajudado. Bons Estudo
A.ÁREA DA SAÚDE
1.Doação
de órgãos. Assista ao vídeo motivador. Link abaixo
A partir da leitura dos textos motivadores
seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação,
redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa
sobre o tema. Apresente uma proposta de intervenção, que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos
e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto I
A doação de órgãos ou de tecidos é um ato pelo qual manifestamos a vontade de
doar uma ou mais partes do nosso corpo para ajudar no tratamento de outras
pessoas.
A doação pode ser de órgãos (rim, fígado, coração, pâncreas e pulmão) ou de tecidos
(córnea, pele, ossos, válvulas cardíacas, cartilagem, medula óssea e sangue de
cordão umbilical). A doação de órgãos como o rim, parte do fígado e da medula
óssea pode ser feita em vida.
Fonte: Hospital Albert Einstein –
http://www.einstein.br/hospital/transplantes/doacao-de-orgaos/Paginas.
aspx
Texto
II
O Brasil registrou crescimento nas doações e
transplantes de órgãos em 2014, de acordo com levantamento da Associação
Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) divulgados nesta segunda-feira
(23). Foram 7.898 órgãos doados no ano passado, 3% a mais que em 2013.
A taxa de doadores também subiu de 13,5 por milhão
de pessoas para 14,2 por milhão, no entanto, ficou abaixo da meta proposta pela
associação para 2014, que era de 15 por milhão.
Além disso, o índice está longe da alcançar o
objetivo de 20 doadores por milhão pessoas até 2017. Para se ter ideia, na
Espanha, considerado o país que mais registra transplantes, a taxa é de 37 por
milhão.
De acordo com Lúcio Pacheco, presidente da ABTO, a
má distribuição das equipes que realizam transplantes pelo Brasil pode ser uma
das respostas esta dificuldade. Segundo o Ministério da Saúde, que coordena o
Sistema Brasileiro de Transplantes, há mais de mil equipes preparadas para
realizar cirurgias distribuídas pelo Brasil e 400 unidades prontas para atuarem
nessa área.
Mas para Pacheco, há uma concentração desse tipo de
mão de obra no Sul e Sudeste e quase nenhum ou nenhum no Norte, Nordeste e
Centro-Oeste. “Enquanto em São Paulo há 20 equipes para realizar cirurgias de
fígado, o que é muito, em Minas Gerais há apenas 3. Em outros estados, não há”,
explica.
Outro problema que dificulta a realização dos
transplantes é a falta de autorização da família para a cirurgia. Medida pela
chamada “taxa de negativa familiar”, o índice em 2014 ficou em 46%, apenas 1%
menor que em 2013.
A conscientização da sociedade como um todo, tarefa
de longo prazo, deve ser iniciada nas escolas, o centro ideal de formação
integral dos jovens, incluindo o exercício da cidadania.
Neste sentido, a incorporação dessa temática nos
conteúdos curriculares dos diversos níveis de ensino é determinante para se
lograr uma atitude crítica que permita o debate e a análise dos avanços
científicos que influenciam a nossa saúde e determinam o rumo da nossa
existência. Afinal de contas, os estudantes de hoje são os futuros médicos,
enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, biólogos, engenheiros,
pesquisadores, técnicos de laboratórios, cidadãos, governantes e potenciais
doadores e receptores de órgãos, beneficiários da admirável tecnologia dos
transplantes.
Fonte: Aliança Brasileira pela Doação de órgão e
Tecidos – http://www.adote.org.br/oquesaber.htm
Proposta de
redação: O suicídio entre jovens brasileiros – Como enfrentar esse problema?
A partir da leitura dos textos
motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação,
elabore um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa
sobre o tema O suicídio entre jovens brasileiros – Como
enfrentar esse problema?.
Apresente uma proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos e
organize, de forma coerente e coesa, seus argumentos.
Texto 1
O suicídio tem
crescido entre as causas de mortes de jovens até 19 anos no Brasil. Em 2013, 1%
de todas as mortes de crianças e adolescentes do país foram por suicídio, ou
788 casos no total. O número pode parecer baixo, mas representa um aumento expressivo
frente ao índice de 0,2% de 1980.
Entre jovens de
16 e 17 anos, a taxa é ainda maior, de 3% frente ao número total. O aumento
também ocorre em relação às mortes para cada 100 mil jovens dessa mesma faixa
etária: a taxa foi de 2,8 por 100 mil em 1980 para 4,1 em 2013.
Os dados fazem
parte da pesquisa Violência Letal: Crianças e Adolescentes do Brasil. Eles
foram compilados pela Flacso (Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais),
um organismo de cooperação internacional para pesquisa.
Segundo Alexandrina
Meleiro, jovens imersos em redes sociais como Facebook ou Instagram assistem a
retratos de vidas fantásticas. Internautas tendem a selecionar posts que exibam
suas melhores conquistas e construir cuidadosamente imagens coloridas de suas
vidas. Por comparação, a vida de quem assiste a esse espetáculo parece pior,
principalmente quando surgem problemas.
Dificuldades em
lidar com ou ter a própria sexualidade aceita continuam a contribuir para
comportamento suicida. De acordo com Alexandrina Meleiro, é comum que pais se
digam compreensivos quanto à sexualidade dos filhos, mas tenham problemas em
lidar, na prática, com filhos não heterossexuais.
Mortes por
suicídio são cerca de três vezes maiores entre homens do que entre mulheres. De
acordo com cartilha da Associação Brasileira de Psicologia sobre o tema do
suicídio ‘papéis masculinos tendem a estar associados a maiores níveis de
força, independência e comportamentos de risco’. O reforço desse papel pode
impedir que homens procurem ajuda em momentos de sofrimento. ‘Mulheres têm
redes sociais de proteção mais fortes.’
Maus tratos e
abuso físico e sexual durante o desenvolvimento também podem estar associados
ao suicídio. De acordo com a professora, pessoas suicidas tendem a se envolver
em comportamentos autodestrutivos, como o uso de drogas sem moderação. ‘Assim
como o álcool contribui para a violência contra o próximo, ele pode desencadear
violência contra si mesmo.’
Ela também
afirma que os jovens são em parte vítimas da própria criação. Pais excessivamente
focados em suas próprias carreiras e vidas pessoais sentem-se culpados em
relação aos filhos, e tendem a consolá-los com conquistas materiais. “‘Se
quebrou o iPhone, o pai providencia outro.’”
Esse excesso de
proteção pode dificultar que o jovem desenvolva, por si próprio, formas de
lidar com a frustração com problemas do amadurecimento, como uma desilusão
amorosa ou dificuldades para encontrar um emprego.
O CVV — Centro
de Valorização da Vida, fundado em São Paulo em 1962, é uma associação civil
sem fins lucrativos, filantrópica, reconhecida como de Utilidade Pública
Federal em 1973. Presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e
prevenção do suicídio para todas as pessoas que querem e precisam conversar,
sob total sigilo.
Realizamos mais
de um milhão de atendimentos anuais por aproximadamente 2.000 voluntários em 18
estados mais o Distrito Federal. Esses contatos são feitos pelo telefone 141
(24 horas), pessoalmente (nos 72 postos de atendimento) ou pelo site
www.cvv.org.br via chat, VoIP (Skype) e e-mail.
É associado ao
Befrienders Worldwide, entidade que congrega as instituições congêneres de todo
o mundo e participou da força tarefa que elaborou a Política Nacional de
Prevenção do Suicídio do Ministério da Saúde.
Em setembro de
2015 iniciamos o atendimento pelo telefone 188, primeiro número sem custo de
ligação para prevenção do suicídio que, neste primeiro momento só funciona no
estado do Rio Grande do Sul, onde o 188 é operado pelo CVV em fase de teste
para ampliação a todo território nacional.
O CVV
desenvolve outras atividades relacionadas a apoio emocional além do
atendimento, com ações abertas à comunidade que estimulam o autoconhecimento e
melhor convivência em grupo e consigo mesmo em todo o Brasil. A instituição
também mantém o Hospital Francisca Julia que atende pessoas com transtornos
mentais e dependência química em São José dos Campos/SP.
http://www.cvv.org.br/cvv.php
Texto 3
A curta história
de Ariele Vidal Farias integra um fenômeno crescente na cidade de São Paulo: os
casos de suicídio de jovens mulheres, com idade entre 15 e 34 anos. Mais velha
de três irmãos, Ariele vivia com a mãe —os pais, separados, mas de convivência
amistosa, contam que nunca notaram sinais de depressão na primogênita. Em março
de 2014, ao voltar para casa à tarde, após a escola, a irmã mais nova encontrou
Ariele enforcada. Ela tinha 18 anos. A família descobriria depois que a
ex-escoteira treinara os nós a partir de um livro, deixado fora do lugar, e até
uma boneca foi encontrada nos seus pertences com um laço no pescoço. Na carta
de despedida, escreveu: “Gente morta não decepciona ninguém”.
O número de
suicídios de mulheres de 15 a 34 anos na capital, que representava 20% do total
nessa faixa em 2010, pulou para 25% quatro anos depois. De acordo com o “Mapa
da Violência — Os Jovens do Brasil”, estudo elaborado pela Flacso (Faculdade
Latino-Americana de Ciências Sociais), a taxa de suicídio dos jovens em São Paulo
aumentou 42% entre 2002 e 2012.
“Tenho duas
conjecturas para a decisão dela. Uma possível crise pela descoberta da
homossexualidade, ela tinha contado para uma tia que gostava de uma menina, e o
fato de ser muito exigente consigo mesma”, responde o pai de Ariele, o oficial
de justiça Ivo Oliveira Farias, 58. A filha se preparava para seguir sua
carreira. Dias depois do enterro, a família receberia a notícia de que ela fora
aprovada em direito.
Fenômeno que
ocorre cada vez mais entre os jovens, homens ou mulheres, o suicídio deve ser
abordado sem estigmas, afirmam especialistas. Os tratamentos psiquiátricos e
psicológicos são recomendados para os sobreviventes, estejam eles participando
ou não de grupos como os do CVV (Centro de Valorização da Vida). Na rede
pública de saúde de São Paulo, a Covisa (Coordenação de Vigilância em Saúde)
monitora casos de potenciais suicidas. Se alguma pessoa for internada duas
vezes seguidas por intoxicação, por exemplo, o órgão pode encaminhá-la para
acompanhamento.